Dia Internacional da Dança

29/04/2019 15:53

No dia 29 de Abril é comemorado o Dia Internacional da Dança que têm sua origem no balé francês (para mais informações sobre a história da data acesse: http://entreverocultural.curitibanos.ufsc.br/dia-internacional-da-danca/) e tem como principal objetivo homenagear uma das mais antigas movimentações artísticas e também das mais animadas. A dança é uma representação cultural, das mais variadas regiões do mundo.

No Brasil, principalmente na região Sul, temos as danças gaúchas trazidas pelos colonizadores, principalmente por europeus no século XIX. Esta, possui características camponesas, como sapateado forte, movimentos rápidos e ágeis, além de serem contagiantes e expressarem respeito aos demais.

Espetáculo Origens – canto e dança sul-americana – Proj. Estação Cultural FCC – 2018 | Foto: Tiago Amado

Para mais informações sobre a história da data acesse: http://entreverocultural.curitibanos.ufsc.br/dia-internacional-da-danca/

Fonte:
Calendarr, Dia Internacional da Dança. Acesso em: 29 abr. 2019
DINO. Terra, Barbaridade, tchê!  qual a origem da dança gaúcha?. Acesso em: 29 abr. 2019

Homenagem: Título de Cidadão Curitibanense.

26/04/2019 22:14

No dia 25 de Abril, o Programa Entrevero Cultural foi convidado a participar de uma sessão solene na Câmara Municipal de Vereadores, onde tinha como objetivo homenagear e entregar o título de cidadão curitibanense aos senhores Valdir Tagliari e Alcebíades Brocardo, que escolheram viver em Curitibanos e ao longo da vida contribuíram para o desenvolvimento do município. Durante a sessão além dos depoimentos prestados por eles, aconteceram várias homenagens de amigos e familiares.

Juntamente com a filha do senhor Alcebíades Brocardo, o instrutor Marcos Froner Ferreira, prestou homenagem através de duas lindas músicas, entre elas, “Tocando em frente” de Almir Sater, escolhida pelo senhor Alcebíades Brocardo que ressaltou a escolha como descrição de sua vida. As canções foram tocadas em gaita e teclado e emocionaram todos os presentes.

Valdir Ângelo Tagliari recebendo a placa de Cidadão Curitibanense. Fonte: Jornal A Semana, 2019.

 

Alcebíades Brocardo recebendo a placa de Cidadão Curitibanense. Fonte: Jornal A Semana, 2019.

 

Instrutor Marcos e a filha do senhor Alcebíades Brocardo prestando a homenagem.

 

 

 

Dia do Tropeiro em Santa Catarina

26/04/2019 15:00

No dia 26 de abril é comemorado o Dia do Tropeiro no Estado de Santa Catarina. A origem se deve à data de morte do padre Cristóbal de Mendonza e Orelhana, em 1733. Este, foi o primeiro tropeiro brasileiro vindo do pampa argentino, seu destino era o Rio Grande do Sul, chegando em Santa Catarina no ano seguinte.
Os tropeiros foram responsáveis pela comercialização e transportes de produtos, principalmente alimentícios e tropas de bovinos, além de informações em todo território brasileiro por muitos anos.

Relatos do médico alemão Robert Avé-Lallemant em 1858, com destino à Lages – SC, onde fora montado à cavalo seguido por um guia:
“-Demos aos nossos animais taquara verde ou cará, bambu verde e milho que havíamos trazido”,
“Para nós próprios chamejava uma clara fogueira perto do rancho, assava-se carne seca num espeto e preparava-se café”.
“… A carne seca com farinha foi comida com a mão e o café tomado no copo de chifre, feito de chifre de gado. Depois, cada um arrumou seus arreios, os animais para protegê-los das onças foram trazidos para bem perto do rancho e ao nosso lado estavam as pistolas bem carregadas, espingardas e facas. Certamente, se as onças e bugres se atravessassem entre nós, se dariam mal! …”
“… a nossa fogueira foi conservada, ao passo que nós, cada um por sua vez, dormíamos excelentemente. E quando rompeu a manhã de 09 de junho, estava bem disposto todo o grupo de viajantes, inclusive cavalos e burros. Com o resto do jantar fizemos o pequeno almoço (café da manhã) e prosseguimos…”

Para saber mais sobre a história do Dia do Tropeiro em Santa Catarina acesse: http://entreverocultural.curitibanos.ufsc.br/2018/04/26/dia-do-tropeirismo-em-santa-catarina/

Tropeiros. Fonte: Fotos históricas -Pinterest, 2019.

 

Tropeiros conduzindo a tropa. Fonte: Fotos históricas – Pinterest, 2019.

Referências:

BLOG – HISTÓRIA CATARINA – Tropeirismo em Santa Catarina. Dezembro 2017. Disponível em: http://historiacatarina.com.br/blog/2017/12/12/tropeirismo-em-santa-catarina/. Acesso em: 26 abr. 2019.

PASQUALE, Overmundo – Tropeiros: uma saga de 250 anos. Abril 2007. Disponível em: http://www.overmundo.com.br/overblog/tropeiros-uma-saga-de-250-anos. Acesso em: 26 abr. 2019.

 

Dia do Chimarrão

24/04/2019 10:18

O chimarrão, é uma bebida típica da América do Sul. No Brasil, o maior consumo é na região sul, por isso é um símbolo da tradição gaúcha. O chimarrão é tão importante que ganhou até uma data oficial de comemoração. O Dia do Chimarrão foi instituído a partir da Lei Estadual nº 11.929, de 20 de junho de 2003. A escolha dessa data para celebrar a bebida e comida símbolo dos gaúchos, foi uma homenagem para o primeiro Centro De Tradição Gaúcha do mundo, o CTG 35, que foi fundado no dia 24 de abril de 1948.

Relatos históricos afirmam que os soldados espanhóis tinham como costume o uso e preparo da bebida conhecida como chimarrão, esta, transportada na garupa dos seus animais pelo estado do Rio Grande do Sul. As margens do rio Paraguai, caminho das tropas militares, tinha sua vegetação constituída basicamente por florestas de taquaras, as quais, eram cortadas e utilizadas em formato de copos como recipiente para a bebida em questão. Ainda, a bomba também era feita por pequenos canos dessas taquaras, com furos na extremidade inferior e abertura na superior.

A origem da palavra chimarrão é espanhola e portuguesa, onde, em espanhol cimarón, significa bruto, chucro, bárbaro, vocabulário este, empregado em quase toda a América Latina, caracterizando os animais domésticos que posteriormente se tornaram selvagens.

Barbosa Lessa (História da erva mate, 57) citou que a palavra chimarrão foi empregada pelos colonizadores da Prata, para caracterizar aquela bebida amarga, a qual não tinha mistura de outro ingrediente que suavizasse o gosto, consumida pelos nativos.

Ainda, o professor francês Auguste Saint Hilaire mencionou em setembro de 1820, quando hospedava-se na estância de José Correia que: “O uso dessa bebida é geral aqui. Toma-se ao levantar da cama e depois várias vezes ao dia. (…)”.

A erva-mate é o principal ingrediente para o preparo do chimarrão. É utilizado suas folhas bem como caule e ramos para o preparo do chá. Em cada região onde é consumido, o chimarrão recebe um nome diferente, podendo ser chamado de mate, chimarrão, tererê e etc, ainda apresentando-se em diversos designers (Figura 1).

Figura 1 – Diferentes apresentações de chimarrão. Fonte: Gauchazh, 2015.

Os primeiros utensílios de chimarrão eram bastante simples, já que eram os nativos que costumavam tomar. As cuias, chamada por eles de caiguá, eram feitas de porongo e as bombas, por sua vez, feitas de taquaras que chamavam de Tacuapi. Com a popularização do mate entre os colonizadores, os utensílios passaram a ser aprimorados, sendo usados principalmente cuias e bombas de prata e ouro.

Na atualidade, há utensílios de diversos materiais, sendo ainda bem comum o uso de porongo para a cuia, por ser um material resistente. Existe ainda, por exemplo, cuia de pêra feita do corpo do porongo, cuia saco-de-touro, revestida com a capa dos testículos do terneiro, cuia de madeira, cuias em couro com acabamentos de metal entre outras. Comumente são enfeitadas com brasões, pingentes e acabamentos rebuscados.

A bomba, que consiste em um canudo com um filtro na ponta que serve para deixar passar apenas o líquido e manter a erva dentro da cuia, também ganhou uma nova forma, que visa principalmente a facilidade de preparar e consumir o mate. Seguem a mesma linha das cuias, sendo comumente personalizadas. O material mais comum utilizado para o feitio é o aço inox, mas ainda existe o costume de utilizar bombas inteiras ou com detalhes em prata e ouro. Existem vários tipos, entre eles a tipo colher-que tem um formato arredondado que auxilia a retirada da erva-mate da cuia na hora da limpeza.

A erva-mate é produzida da planta cujo nome científico chama-se Ilex paraguaienses, possui dentro da sua classificação popular, dois tipos comumente utilizados: a pura Folha ou Tipo Argentina (é feita só da folha) e a Barbaquá ou Tipo Missioneira (maior aproveitamento da erveira usando folha e caule).

O preparo do chimarrão se dá de várias maneiras, entre elas a mais utilizada (Figura 2) é a descrita a seguir:

  • Colocar a erva-mate em ⅔ da cuia.
  • Tapar com a mão ou vira-mate a boca da cuia inclinando-a para ajeitar a erva, que deve ficar assentada de um lado só, deixando um espaço vazio.
  • Bater suavemente na superfície externa da cuia para que o pó mais fino se desloque para o fundo.
  • Colocar a cuia novamente na vertical com cuidado para que a erva não caia.
  • Despejar a água morna para umedecer a inchar a erva aguardando alguns instantes.
  • Preencher com água quente, tendo o cuidado de não deixá-la ferver. O melhor é respeitar o aviso da chaleira, que começa a chiar aos 80º.
  • Introduzir a bomba no fundo da cuia, apoiada na erva, mantendo o bocal fechado com o dedo polegar, até assentá-la bem.

Figura 2 – Modo tradicional de preparo do chimarrão. Fonte: Papo de homem, 2010.

Referências:

Calendarr, BRASIL, Dia do Chimarrão. Disponível em: https://www.calendarr.com/brasil/dia-do-chimarrao/. Acesso em: 23 de abr. 2019;

D.T.G. TROPEIROS DA SOLIDARIEDADE, Projeto Cultural – Erva-mate Chimarrão Acampamento Farroupilha 2008. Disponível em: http://www.tropeirosdasolidariedade.xpg.com.br/ErvaMateChimarraoFolheto.pdf. Acesso em: 23 abr.2019.